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Ianah Maia

Ianah Maia é artista visual natural de Recife (atualmente residindo em Olinda, Pernambuco) e também é técnica em agroecologia. Seu trabalho autoral, circula entre pinturas, arte urbana, animações e auto-retratos fotográficos. Ianah nos traz um olhar honesto, enegrecido e de uma beleza incomum sobre afetos e sentimentos que ela encontra em si e em outras mulheres negras. Suas personagens se ambientam em universos fantásticos onde a artista brinca com perspectivas futuras, pós-apocalípticasm, quando já nos reintegramos à natureza através de uma abertura ao sensível, beirando à espiritualidade. Sua pesquisa artística vem sendo acompanhada por uma pesquisa teórica e prática no feminismo interseccional, na agroecologia, na decolonialidade, em culturas afro-diaspóricas e no ativismo afro-eco-feminista, a qual se dedica.

Em 2017 participou da residência artística InArte/Urbana (Natal-RN), onde começou a investigar a técnica da tinta natural de terra (geotinta) para uso em murais de arte urbana. Desde então vem dedicando a maior parte de suas produções à essa técnica.

Já participou de exposições coletivas como a “Ilustradoras Pernambucanas”, No I Salão de Humor Gráfico da Galeria Janete Costa (Recife, 2012); “Delas”, na galeria A Casa Do Cachorro Preto (Olinda, 2015); “Entremoveres”, da nacional Trovoa, no Museu da Abolição (Recife, 2019). E já assinou mostras e exposições individuais como a “Água”, na galeria Urban Arts Recife (Recife, 2015); “Planta, Bicho e Gente”, na galeria A Casa do Cachorro Preto (Olinda, 2015) e na Casa Naara (Rio de Janeiro, 2017); e sua última exposição individual (a primeira inteiramente dedicada à técnica da tinta de terra) “Temporal”, inaugurada no Mia Café (Recife, 2019).

Ianah integra o coletivo artístico Entremoveres, que faz parte do Levante Nacional Trovoa. Também integra a Terra Coletiva (coletivo de artistas brasileiros que trabalham com tintas naturais) e a crew de graffiti e arte urbana PixeGirls.

A artista apresenta as ilustrações produzidas para o Acervo Ibirapitanga:

“A primeira arte se chama “Comida de verdade” e a fiz pensando no que de fato alimenta o brasileiro no dia a dia: agricultura familiar e a rede de articulação que vem se fortalecendo cada dia mais, através da agroecologia, para garantir que temos comida de verdade para comer, e não só comodities.

A segunda arte se chama “A coletividade alimenta”, uma arte inspirada no “trabalho de formiga” feito por todas as pessoas que se tornam co-responsáveis em alimentar uma criança na escola: agricultores, feirantes, políticos, transportadores, merendeiras…

A terceira arte se chama “Monocultura da Fome”, onde procurei retratar a repetição padronizadora da monocultura, que não só planta veneno, devastação e produtos que não servem para alimentar a população — os commodities — como acaba também por plantar indireta ou diretamente a fome no país.”